Como Superar essa Compulsão e Ter Unhas Bonitas
A onicofagia, o hábito de roer as unhas, é um comportamento compulsivo, apesar de, ser considerado por muitos, um vício. Mas ele consiste em levar as extremidades dos dedos à boca e morde as unhas, os cantos dos dedos e até mesmo comer as unhas das mãos e até mesmo dos pés. O gatilho dessa compulsão por roer unhas é ativado como uma resposta a situações de estresse, ansiedade, tédio, nervosismo e até mesmo fome, então esse comportamento pode se tornar uma resposta automática a essas emoções.
Essa característica de roer as unhas e muitas vezes até comer as unhas, trazem consequências negativas de danos à saúde e também a saúde das unhas e das cutículas, e mesmo sabendo disso, quem sofre com essa compulsão, não consegue abandonar esse hábito.
Para pessoas que sofrem com essa situação, pode ser útil procurar maneiras de quebrar esse padrão de comportamento. Estratégias como, por exemplo, identificar quais gatilhos emocionais te levam há essa compulsão, manter as unhas bem cuidadas para desencorajar de levar as unhas à boca, e em alguns casos, buscar apoio profissional, que é essencial.

Reflexos Psicológicos Profundos da Onicofagia e suas Marcas Invisíveis
- Auto Estima e Constrangimento
A onicofagia deixa marcas psicológicas que podem perdurar por longo prazo e compreender isso é crucial para abordar o problema de uma maneira completa, indo além do simples comportamento externo.
A autoestima, muitas vezes, torna-se um grande problema para aqueles que lidam com a onicofagia, principalmente quando a pessoa que sofre com essa compulsão olha o aspecto das unhas danificadas, que muitas vezes cria uma sensação persistente de desarmonia e inadequação. A preocupação com a estética e a possível observação de outros podem levar ao constrangimento porque a pessoa cria um autojulgamento de si próprio, além de contínuo, que pode contribuir para um declínio gradual na autoestima, afetando a maneira de como ela se percebe e interage socialmente.
A terapia cognitivo-comportamental (TCC) pode ser eficaz para abordar esse assunto, trabalhando não apenas no comportamento de roer as unhas, mas também na construção de uma autoimagem mais positiva.
2. Ciclo Vicioso e Ansiedade
A relação entre onicofagia e ansiedade é complexa, quase como um círculo vicioso. A ansiedade pode servir como um gatilho para o hábito de roer as unhas, mas, também, o próprio ato de roer as unhas pode aumentar a ansiedade. E, para quem deseja acabar com esse hábito, se torna ainda mais desafiador, pois a pessoa pode não apenas lidar com a ansiedade inicial, mas também com a ansiedade do próprio comportamento de roer as unhas.
3. Impacto Social
A onicofagia não é um desafio isolado, a vergonha associada às unhas roídas pode levar as pessoas a evitar interações sociais, pois o medo do julgamento de outras pessoas, pode levá-los ao isolamento autoimposto, prejudicando a qualidade de vida e os relacionamentos interpessoais.
A terapia em grupo pode ajudar nesse caso, pois proporciona um espaço seguro onde mais pessoas sofrem com esse mesmo hábito e irão compartilhar vivências que até então a pessoa pensava ser a única a viver, o que ajuda a compreender a dificuldades de se socializar e desenvolver estratégias para superar a onicofagia.
Grupos de Apoio ou até mesmo interações com pessoas que passam pela dificuldade de parar de Roer as Unhas, pode ser de grande valor.

4. Ansiedade Antecipatória
A simples antecipação de uma situação pode desencadear ansiedade e, por sua vez, levar ao comportamento de roer as unhas como uma resposta automática. A preocupação com o julgamento alheio, mesmo antes de uma interação, pode criar uma espiral de ansiedade antecipatória que perpetua a onicofagia.
5. Culpa e Frustração
A onicofagia frequentemente gera sentimentos de culpa e frustração. A incapacidade de controlar esse hábito pode levar à autocrítica, contribuindo para um ciclo de emoções negativas. Superar essa culpa é uma parte essencial do processo de cura.
6. Padrões de Pensamentos Distorcidos
A onicofagia muitas vezes está associada a padrões de pensamento distorcidos, catastróficos e negativos. Mudar esses padrões é muito importante para interromper o ciclo de ansiedade e comportamento compulsivo.

Ansiedade, culpa, frustração, depressão, TOC, pensamentos distorcidos são gatilhos para que tem o hábito de roer as unhas.
Prejuízos Estéticos e na Saúde que o Hábito de Roer as Unhas pode Causar
1. Saúde das Unhas
- Você pode ficar sem as unhas se essa prática for longe demais.
- Risco de paroníquia infecciosa aguda. A paroníquia é uma infecção da pele ao redor das unhas das mãos e dos pés, que pode ser causada por bactérias, fungos ou algum tipo de levedura (cândida) e que pode afetar quem rói as unhas. Dependendo da causa da infecção, a paroníquia pode se desenvolver lentamente e durar semanas. Nesses casos deve-se procurar um médico especialista.

- Contrair micose nas unhas, que apesar de ter tratamento, pode ser difícil curar.
- Traumas crônicos que podem danificar a placa da unha definitivamente e até causar infecção, osteomielite, nos ossinhos dos dedos, além de deformidades.

2. Saúde Bucal
- Ao roer as unhas você exerce uma pressão repetida e contínua nos dentes. Isso provoca o desgaste deles, podendo causar fraturas ou fissuras, deixando os dentes com uma facilidade maior de contrair cáries e sensibilidades;
- Os pedaços de unhas são cortantes e cheios de bactérias que podem causar lesões ou se alojar na gengiva, causando irritações, inflamações e ferimentos que quando se tornam graves e não tratados evoluem para uma gengivite;
- Esse ato repetitivo de roer unhas é um risco para a mandíbula, podendo causar uma disfunção temporomandibular que é um problema na articulação da mandíbula responsável pelos movimentos da boca como abrir, fechar, mastigar e falar;
- Quem tem hábito de roer unhas está mais propenso a desenvolver o Bruxismo, que é o ato inconsciente de apertar ou ranger os dentes durante o sono. Além de causar problemas na saúde bucal como a retração da gengiva e o desgaste dos dentes, o Bruxismo também pode provocar insônia, dor de cabeça, além de outros desconfortos.

3. Saúde do Organismo
- Debaixo das unhas há sujeira, fungos, bactérias e até vírus. Isso pode causar inúmeros malefícios à saúde. Os fungos podem causar doenças como candidíase, aspergilose, meningite fúngica, rinossinusite, onicomicose e outras. As bactérias podem causar doenças como botulismo (raro), desinteria, pneumonia bacteriana, e outras. Já os vírus podem causar herpes, resfriados, gripe, pneumonia, hepatite e outras;
- O hábito de roer as unhas pode provocar gastrite e inflamação no estômago a longo prazo;
- Quem rói as unhas corre um grande risco de contrair um verme branco e muito fino, o oxiúro, popularmente conhecido como lombriga, que mede cerca de 1 cm e provoca uma verminose intestinal chamada enterobíase, oxiuríase ou oxiurose. Seus ovos, invisíveis aos olhos humanos, podem estar embaixo das unhas e ao roê-las, passam para o aparelho digestivo e o colonizam.

Imagem de bactérias ingeridas quando se rói as unhas.
4. Saúde Psicológica
- Aumento da ansiedade que automaticamente faz aumentar a vontade de roer as unhas;
- Baixa autoestima, isso acontece por pessoas que tem o hábito de se autoavaliar com frequência, e como num círculo vicioso, rói novamente as unhas, uma vez que são tomados por pensamentos irracionais enquanto as mordem;
- Alguns profissionais associam o hábito de roer as unhas como algo além da ansiedade, como sentimento de frustração e até possíveis distúrbios comportamentais. Alguns dos sinais que auxiliam no diagnóstico são: ansiedade, bipolaridade, transtorno obsessivo compulsivo e depressão.

Superando a Onicofagia: Estratégias para a Cura Definitiva
1. Auto Consciência e Identificação de Gatilhos
Desenvolver a autoconsciência é um dos primeiros passos para superar a onicofagia, como, por exemplo, saber identificar os gatilhos que levam ao hábito de roer as unhas, que podem ser estresse, ansiedade, tédio ou outros fatores emocionais. Manter-se focado, anotando como, quando e o que pode ter ocasionado o hábito de roer as unhas, vai te ajudar a identificar e até te mostrar que não é culpa sua, que são fatores externos a você que podem estar disparando esse gatilho. E quando você percebe que não é sua culpa, que às vezes você carrega problemas que não são seus, automaticamente essa compulsão pode diminuir, como aconteceu comigo.
2. Mudanças Comportamentais Graduais
Mudar comportamentos antigos requer paciência. Em vez de tentar parar de roer as unhas de uma vez, considere algumas estratégias como mudanças de hábitos, de pensamentos e até de locais que podem despertar essa vontade incontrolável de roer as unhas. Estabeleça metas pequenas, como não roer uma unha por um determinado período. À medida que alcança essas metas, aumente gradualmente a dificuldade porque isso permite uma transição mais suave. Mas se também te parece difícil, pare de uma só vez e vá cuidar das unhas. Tudo na vida são testes que devemos fazer para descobrir qual a melhor estratégia para nós.
Comigo foi assim, parei de uma só vez porque tentei parar gradualmente e não deu certo. A vontade de destruir todas as unhas era muito maior que a necessidade de parar de roê-las.
Se de toda forma que você tentar ainda achar dificuldade, tente um alongamento de unhas, isso vale para mulheres e para homens. No caso das mulheres, vai ser tão emocionante ver suas unhas grandes, que provavelmente nunca mais sentirá vontade de roer as unhas novamente. Já para os homens, não será muito diferente, ver as unhas curtas, mas limpinhas, vai te dar uma enorme satisfação e bem-estar, além de que, os alongamentos de hoje são super naturais.
3. Recompensas e Reforço Positivo
Celebre cada pequena conquista. Estabeleça recompensas para marcar o progresso. Pode ser tão simples quanto comprar algo que você gosta ou reservar um tempo para um hobby. Reforço positivo é essencial para fortalecer o comprometimento com a mudança.
Quando eu estava em processo de para de roer as unhas, me sentia tão bem e confiante. Comecei a comprar esmaltes que eu sempre amei e nunca tive para mim. Arrumava tempo e fazia as unhas quase todos os dias e essa pequena atitude (que pra mim era muito importante) me deixava muito motivada e feliz. Viver livre de julgamentos, de culpa e da vergonha que eu sentia com as mãos feias, isso não tinha preço.

4. Cuidados com as Unhas
Investir nos cuidados com as unhas pode ser motivador. Manter as unhas bem cuidadas, usando esmaltes ou tratamentos fortalecedores, pois cria uma barreira que desencoraja o hábito de roer as unhas. O aspecto cada dia mais bonito das unhas serve como um estímulo mais que positivo.
Depois de um tempo já fazendo minhas unhas, resolvi investir em mais saúde para elas, o que as tornaram super resistentes. Conheci o Kit Nutribomba que me acompanha até hoje.
Ele consiste em 4 passos:: Sublime – um gel para unhas e cutículas com microesferas de vitamina E que reparam e hidratam minhas unhas e cuticulas deixando-as super saudáveis. Ajudunha Extra – é um olinho bifásico super hidratante e enriquecido com vitamina E que pode ser usado também nas unhas e nas cutículas, a Base Nutribomba que auxilia no crescimento das unhas pois as fortalece muito, é enriquecida com vitamina A, vitamina D, Cálcio e Formol (liberado pela Anvisa), que no início do tratamento por estar com as unhas bem fracas, eu aplicava a base quase todos os dias, atualmente aplico apenas 1 vez na semana e a Cerinha Milagre das Cutículas que mudou completamente a aparência das minhas cutículas, pois as regenera, deixando-as com aspecto super saudável e muito hidratadas pois é enriquecida com óleo de rícino, óleo de abacate, óleo de algodão e óleo de cravo, com um perfume delicado de cravo (pra quem não gosta de cravo isso pode ser um problema). Essa Cerinha pode ser aplicada com ou sem esmalte, e foi assim, que hidratando sempre minhas unhas percebi a diminuição das cutículas e resolvi investir nisso.
Adquiri então o Mira Cuticle do Avon e fazendo o uso dele durante a noite e da cerinha pra hidratação durante o dia, parei de tirar as cutículas com alicate. Quase impossível de acreditar, levando em conta que quando eu roía as unhas, minhas cutículas eram espessas e em muita quantidade.
5. Terapia Comportamental e de Grupo
A terapia comportamental, especialmente a terapia cognitivo-comportamental (TCC), pode ser uma boa opção pra acabar com o hábito de roer as unhas, porque trabalhar com um terapeuta pode ajudar a explorar quais os principais motivos emocionais da onicofagia e também a desenvolver estratégias específicas para lidar com essas questões.
Já a terapia em grupo pode fornecer um ambiente solidário, pois compartilhar o dia a dia com outras pessoas que enfrentam desafios muito parecidoss pode oferecer experiências únicas e criar um senso de comunidade. O apoio social é uma parte essencial da jornada de cura.
6. Técnicas de Relaxamento
A onicofagia muitas vezes está ligada ao estresse e à ansiedade. Aprender técnicas de relaxamento, como meditação, yoga, exercícios de respiração e até mesmo exercício físicos são grandes aliados no controle dessas emoções. Incorporar práticas regulares de relaxamento e de atividades físicas na rotina diária é super benéfico pra saúde mental e do corpo. A prática regular de exercícios físicos muda conceitos, e leva pra uma realidade bem diferente, pois aumenta muito a auto estima e a vontade de viver bem. E quando a pessoa se dá conta, conseguiu abandonar esse hábito de roer as unhas.

7. Substituir um Hábito por Outro
Substituir hábitos pode desviar a atenção do impulso de roer as unhas, como mascar chiclete, manter as mãos ocupadas com uma bola antiestresse ou realizar atividades que exijam as mãos, como tricotar pois são ótimas alternativas que podem ajudar a canalizar a energia de maneira positiva.
8. Hipnose e Biofeedback
Algumas pessoas encontram benefícios na hipnose ou biofeedback para tratar a onicofagia. Esses tratamentos podem modificar padrões inconscientes de comportamento. É importante procurar profissionais qualificados para orientar essas práticas.
9. Tratamentos Farmacológicos
Em casos graves, em que a onicofagia está associada a transtornos de ansiedade, pode-se considerar tratamentos farmacológicos, mas, o uso de medicamentos deve ser cuidadosamente avaliado por um profissional de saúde.
Conclusão
Superar a onicofagia é um processo gradual que requer esforço contínuo e paciência consigo mesmo. Integrar várias estratégias, desde mudanças de comportamento até suporte emocional, isso aumenta e muito as chances de sucesso. O cuidado personalizado, levando em consideração as causas individuais e as necessidades específicas, são fundamentais para uma cura definitiva. O apoio profissional, seja de terapeutas, grupos de apoio ou médicos, desempenha um papel muito importante nessa jornada.
É sempre importante lembrar também que sua caminhada é única e é sua, ninguém pode passar pelo seu caminho por você e nem você passar por caminhos que não te pertencem. Resolver os seus problemas ou andar pelo seu caminho não é sinal de egoísmo, é sinal de amor próprio. Quando a gente entende isso, tudo fica mais leve e fácil de vencer. E quando você está bem, tudo conspira a seu favor! Lembre-se disso!
